O sujo falando do mal lavado

Bill de Blásio e Bolsonaro se parecem muito. Os dois são casos para departamento de saúde ou até mesmo de departamento de segurança pública. A artilharia pesada de  Blaiso saiu pela culatra na comunidade brasileira em Nova York

Nova York – Nas últimas semanas, com a cidade de Nova York enfrentando uma crise após a outra, o prefeito Bill de Blásio começou a testar as águas para entrar no “Grand Prix Casa Branca 2020”. De olho na população latina, “o pior prefeito da história de Nova York ”, apontou os seus canhões na direção do presidente brasileiro Jair Bolsonaro.

É uma pena. De Blásio e Bolsonaro se parecem muito. Os dois são casos para departamento de saúde ou até mesmo de departamento de segurança pública. Talvez seja até um bom sinal para o presidente brasileiro. Cerca de 75% dos tupiniquins residentes nos Estados Unidos apoiam Bolsonaro. A artilharia pesada de Blásio saiu pela culatra na comunidade brasileira em NY.

É difícil atravessar uma semana sem que a incompetência ou os negócios duvidosos da administração do prefeito nova-iorquino não sejam abordados pela imprensa. De Blásio está envolvido em diversos atos controversos e incompetências administrativas – e ainda assim sonha em se tornar um líder no cenário nacional.

Escândalos de corrupção e suborno têm perseguidos a administração de Blásio nos últimos anos. Em janeiro passado, dois doadores se declararam culpados de diversos crimes, incluindo o uso de contribuições políticas para obter tratamento favorável da prefeitura. Os sérios problemas de habitação e infraestrutura de Nova York continuam a piorar.

NYCHA, o órgão municipal que controla o setor habitacional da cidade, está em frangalhos. Os edifícios estão cheios de vazamentos, mofos, fungos e bolores. Os moradores têm que dividir as dependências com ratazanas. Os elevadores não funcionam. No inverno, os apartamentos são frios, no verão, um calor escaldante. Enquanto isso, o transporte público da cidade é um pesadelo – superlotado e sem recursos.

Os ataques contra Bolsonaro e as especulações sobre uma campanha presidencial podem ser sua maneira de reavivar sua imagem – ou pelo menos fazer um teste para uma posição de destaque em uma futura administração democrata na capital americana. Vamos apenas rezar que ele não seja o próximo ministro da habitação ou do transporte.

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