Os exercícios de futurologia são, em geral, muito ingratos, sobretudo quando as previsões dizem respeito aos futuros moradores da Casa Branca.
Escrever sobre as perspectivas das eleições de 2020 é, portanto, incursionar em terreno reconhecidamente difícil. Mesmo assim, tanto quanto o atual panorama político permite extrapolações, é possível esboçar-se um cenário tentativo do que poderá ser o ano de 2020.
A primeira impressão que se recolhe da conjuntura atual é a de que Donald J. Trump deverá ser reeleito.
O professor universitário Allan Lichtman, um dos poucos prognosticadores políticos em 2016 que previu que Trump venceria, acredita que o presidente deverá ser reeleito em 2020. Seu método envolve examinar treze variáveis: desde a existência de um sério candidato independente à saúde da economia do país.
Se as eleições acontecessem hoje, Trump daria uma surra em qualquer candidato democrata. A gasolina está barata, o governo registra a taxa de desemprego mais baixa em quase meio século. A economia cresceu 4,1% no segundo trimestre, o melhor resultado em quase quatro anos.
Para os democratas, há uma grande esperança para os próximos meses: a economia entrar em recessão. Só essa alternativa poderá liquidar Donald Trump.
Em outras palavras, a saúde da economia americana determinará se Trump será reeleito em 2020.