Sulistas lançam Simone Tebet para pilotar o relançamento do MDB nacional

Retirar de Romero Jucá, José Sarney e Renan Calheiros a direção do MDB nacional? É o que pretendem emedebistas do Sul do Brasil, como o deputado Alceu Moreira, que lançou a senadora Simone Tebet à presidência da velha sigla

Senadora Simone Tebet

A senadora Simone Tebet (MDB/MS) fechou apoio dos estados do Sul para ser a nova presidente nacional do MDB. Segundo o cardeal emedebista Alceu Moreira (MDB/RS), ela está com apoio total dos estados de Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e, “naturalmente do Mato Grosso do Sul. O partido vê nela uma força para romper o círculo de ferro do senador Renan Calheiros”, referindo-se ao segmento nordestino que o líder alagoano herdou do ex-presidente José Sarney.

Senador Romero Jucá

Assim está posta a disputado no MDB. “O Baleia (Rossi – MDB/SP) é um rico de um nome, mas precisamos de algo novo, adequado aos novos tempos”, diz o parlamentar que é, também, o presidente da Frente Ruralista, o grupo pluripartidário mais poderoso do Congresso Nacional.

Baleia Rossi também estaria se colocando como opção para derrotar, na convenção nacional do mês que vem, o grupo situacionista, que tem como presidente o ex-senador de Roraima, Romero Jucá.

DNA emedebista

Segundo Moreira, Simone Tebet vem se revelando uma liderança muito segura e consistente no Senado Federal, no entender dos emedebistas. Além disso, somam-se o fato de ser mulher e trazer o DNA de um líder consagrado na história do partido, o falecido senador Ramez Tebet. Tudo isto resultaria numa base sólida com a configuração necessária ao relançamento do partido.

A meta é recolocar o MDB no cenário nacional como protagonista. Para isto, as eleições municipais do ano que vem serão fundamentais, pois este pleito é a antessala de uma reforma política e partidária.

Nestas eleições, os partidos terão de concorrer com suas próprias legendas, sem o reforço das coligações proporcionais. Daí sairá a configuração do futuro modelo de organização partidária que vai se sustentar na reforma política em andamento.

Ou seja: Simone Tebet pode pilotar a nave emedebista no voo solo, sem as bengalas das coligações oportunistas que vigoraram no passado.

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