“Queridos e queridas companheiras,
Vocês são o meu grito de liberdade todo dia.
Se eu não tivesse feito nada na vida, e tivesse construído com vocês essa amizade, já me faria um homem realizado.
Por vocês valeu a pena nascer e por vocês valerá a pena morrer”.
Este é o texto da segunda mensagem escrita por Lula desde que foi preso, no último dia 7, e lida por Márcio Macedo, um dos vice-presidentes do PT, à militância no acampamento Lula Livre, em Curitiba. O texto causou impacto entre os militantes presentes e assustou petistas nas redes sociais.
Parlamentares da Comissão de Direitos Humanos do Senado que visitaram o ex-presidente na terça, 17, em sua cela de 15 metros quadrados na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, manifestaram preocupação com o grau de isolamento de Lula. “Lula está em situação de confinamento, em espécie de solitária à qual só têm acesso os seus advogados e, apenas uma vez por semana, seus familiares”, escreveu o senador Humberto Costa, em seu Twitter.
Nesta quarta, 18, uma outra visita a Lula foi negada pela Justiça. A juíza Carolina Moura Lebbos, da 12ª Vara da Justiça Federal de Curitiba, negou o pedido do Prêmio Nobel da Paz Adolfo Pérez Esquivel, para fazer uma inspeção na cela de Lula.
Em sua primeira manifestação desde que foi preso, Lula havia, mais uma vez, desafiando a Operação Lava Jato a provar o “crime que alegam” que ele cometeu. Em carta divulgada pelo PT e também lida no acampamento, o ex-presidente afirmou que está “tranquilo, mas indignado”, como “todo inocente”. A primeira carta foi tornada pública pela presidente do partido, senadora Gleisi Hoffmann, na segunda, 16.