Votei em Lula com a consciência de que tudo mudaria para melhor. Assim espero. Nada pior poderia ocorrer ao Brasil que a continuidade do desgoverno Bolsonaro. Quanto mais críticos formos do governo que elegemos melhor para as instituições, para a República, para a democracia e para o próprio Governo Lula.
Tenho acompanhado, não sem apreensão a remontagem da máquina governamental e as indicações dos titulares dos ministérios no Governo da esperança. O Brasil não pode mais aguardar. Pouco ou nada se falou, até agora, sobre projetos e planos de Governo. Todos centrados nos mais carentes, assunto que realmente preocupa. Educação e bem estar pressupõe comida na mesa. Entretanto há um grande e crucial problema que afeta o País, até agora não tratado pelo novo Governo e que, durante 4 anos, foram propositadamente esquecidos pelo Sr. Paulo Guedes e pelos demais economistas de plantão. Trata-se da estranha situação da Previdência Social com 3,2 milhões de processos represados nas mesas do INSS e do famigerado Ministério da Economia que chegou a aventar a transferência dos processos previdenciários dos servidores públicos para o caos da Previdência geral. Quem será o Ministro da Previdência, o mesmo ou a mesma do Desenvolvimento Social? Previdência é desenvolvimento como dizia Getúlio Vargas, por ocasião da criação da Previdência em 1942. Não se esqueçam a Previdência das populações mais carentes custeou o País de 1942 a 1972 e só aí começou a pagar os benefícios de seus segurados, que não são, como muitos pensam benesse do Estado ou de patrões. Aproveito para lembrar, ainda, o absurdo imposto da Contribuição Previdenciária do Servidor Público aposentado que, por si só, representa o descrédito do Estado brasileiro e a deturpação de toda a criação previdenciária no Brasil. Ou se resolve tudo isso ou continuaremos um País que não dá o devido valor à Previdência e ao idoso aposentado, fingindo dar migalhas de um mal concebido estatuto, com resquícios de esmola estatal. Lula lá.