O ex-governador do Paraná, Roberto Requião (PT), embarca nesta sexta-feira, 3, com destino à Venezuela, onde participa das homenagens à memória do ex-presidente Hugo Chávez, morto há dez anos.
O Ministério de Relações Exteriores do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, convidou diversas personalidades brasileiras e integrantes de movimentos sociais, como João Pedro Stédile, do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), para celebrar os feitos de Chávez como criador da República Bolivariana. As comemorações serão no dia 5 de março.
Sem apoio do MST
Roberto Requião terá oportunidade de conversar com Stédile em Caracas, capital da Venezuela, sobre o que levou as lideranças do MST a abandonar sua última campanha ao governo do Paraná. “Aqui no Paraná, o MST só trabalhou para campanha do Lula”, disse Requião, que não contou com o apoio do movimento. Uma das hipóteses, revelada por Requião a’Os Divergentes, é de que os sem-terra teriam ficado descontentes com sua negativa de repassar a eles parte dos recursos de sua campanha a governador do Paraná.
Requião considera ser um aliado histórico do MST do Paraná e de Stédile, um amigo de longa data que sempre foi bem tratado nas três ocasiões em que o paranaense governou o Paraná.
Companheiro Chávez
Os convidados de Nicolás Maduro estão viajando com passagem e hospedagem pagas pelo governo da Venezuela, um agrado a alguns brasileiros escolhidos a dedo. Requião planeja voltar ao Brasil dia 8 de março, pois pretende aproveitar sua estada em Caracas para circular no comércio e conversar com pessoas para formar uma opinião sobre a situação econômica da Venezuela e as condições de renda e vida da população.
O ex-governador atribui o convite da Venezuela como uma deferência de Maduro a sua iniciativa pioneira de ter convidado Hugo Chávez a visitar o Paraná, quando do seu primeiro mandato de governador. Daquela visita resultaram 25 convênios em diversas áreas entre os governos da Venezuela e do Paraná.