Mercado agitado reflete crise política. Projeções seguem pessimistas

Jair Bolsonaro, presidente do Brasil - Foto: Orlando Brito

A semana começou tensa nos mercados do Brasil que negociam câmbio, juros e ações, onde especulações são armas poderosas para os espertos ganharem fortunas e aqueles que trabalham duro arcar com as consequências sobre os impactos destes ativos na economia real.

As explicações efetivas sobre desvalorização do Real, aumento da curva de juros e queda nas ações das empresas na Bolsa de Valores se espalham no mercado e são variadas, mas nem sempre convincentes.

Fator Bolsonaro 

É verdade que os indicadores fiscais, inflacionários, de desemprego são os piores das últimas décadas. No entanto, o grande temor dos empreendedores e investidores tem mais a ver com o jeito de governar de Jair Bolsonaro.

Os constantes conflitos com o Judiciário, o descaso como vem tratando a crise sanitária provocada pelo novo coronavírus que atinge milhões de pessoas e as ameaças constantes contra os fundamentos da democracia do Brasil têm um peso significativo nos fundamentos da economia. O preço disso também está sendo pago pela equipe econômica do governo Bolsonaro que deixará um triste legado ao seu sucessor.

Projeções ruins

As projeções feitas hoje por economistas das principais instituições financeiras do País apostam que a inflação fecha 2021 em 8,51%; câmbio, em 5,2%; Taxa Selic, em 8,25%. O mercado de ações acreditava que a bolsa terminaria o ano em 140 mil pontos. Hoje, a projeção caiu para 111,2 mil. Ninguém mais se atreve a fazer previsões sobre novo patamar da Bolsa tendo em vista que a economia deve crescer o equivalente a 1,57% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2022.

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