A revista de economia mais importante do mundo, The Economist, publicou um texto esta semana levantando a hipótese de que o comportamento do presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, diante da crise do coronavírus, é de uma pessoa que pode ter enlouquecido. Não seria a primeira vez que um presidente do Brasil passa por uma problema desta natureza.
Em 1918, em plena pandemia da gripe espanhola, o presidente da República recém-eleito, o paulista Rodrigues Alves, foi infectado pelo vírus e morreu dois dias antes da posse (15 de novembro de 1917). Seu vice-presidente, o mineiro Delfim Moreira, assumiu a Presidência da República, mas em seguida foi declarado demente, atacado pela deterioração mental provocada pela arteriosclerose precoce.
Os políticos encontraram uma saída à brasileira, informalmente denominada a Regência Republicana. O governo de fato foi exercido pelo ministro de Viação e Obras Públicas, Afrânio de Melo Franco. Delfim Moreira apenas assinava os documentos para legalizar as decisões de Melo Franco.