Com um livro de sua autoria, em baixo do braço, apontando soluções para a grave crise econômica, social e política do Brasil e a mão estendida para construção de alianças, mesmo em campos políticos heterogêneos, Aldo Rebelo pretende percorrer o país como candidato à Presidência da República.
Rebelo, que já foi Presidente da Câmara dos Deputados e ministro dos governos de Luiz Inácio da Silva e Dilma Rousseff, manifestou no Canal Livre da TV Bandeirantes seu desejo de construir acordos com as diversas forças que fazem parte da sociedade para implantar um novo modelo econômico que resolva os problemas sociais e políticos do Brasil, fugindo da atual polarização entre esquerda e direita.
O fato de estar sem filiação partidária ajuda a construir espaços de diálogos com as diferentes correntes partidárias, coisa que sempre fez nos 24 anos como deputado federal por Alagoas e São Paulo.
Aldo Rebelo tem todas as credenciais para sentar na cadeira presidencial pela sua trajetória de vida, formação intelectual, valores , visão de País e comportamento republicano nas funções públicas que exerceu sem ter se deixado seduzir pelo poder ou o dinheiro.
A boa formação educacional e valores familiares foi um passaporte para tirá-lo da vida dura de sertanejo e lhe alçar a presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), à militância do Partido Comunista do Brasil (PC do B), ao Congresso Nacional e ao Poder Executivo .
O gosto pelo conhecimento sobre a história do País, muito bem resumido no seu livro o Quinto Movimento, o coloca na condição de raros políticos de sua geração a vislumbrar soluções para o Brasil de hoje que estejam fora da agenda reducionista dos radicais de a esquerda e da direta.
Para ele, é hora de todos os segmentos produtivos, as classes trabalhadores e as instituições políticas se unirem em torno de um projeto de país em benefício de toda população. A retomada do crescimento da economia passa por uma reindustrialização e reconfiguração da produção de bens e serviços nos novos padrões tecnológicos da economia 4.0, o que exige um grande esforço de educação e qualificação das pessoas. É um processo de desenvolvimento produtivo que seja capaz de gerar empregos de qualidade, bem remunerados, o que contribuiria para reduzir a desigualdade social entre ricos e pobres. A volta do desenvolvimento também exige a reorientação do sistema financeiro a fim de direcionar mais recursos à produção e menos para financiar o déficit fiscal das contas públicas.
O crescimento econômico nestas bases é a única condição para um processo consistente de distribuição de renda, e, acima de tudo, para garantir equilíbrio fiscal, pois o governo depende do aumento de arrecadação para manter o funcionamento da máquina administrativa e as políticas de investimento em educação, saúde e outras áreas sociais.
De fato, nas últimas décadas a economia passa por aquilo que os economistas classificam de voo de galinha por não se sustentar de forma permanente. Nas décadas passadas acreditava-se que a inflação era a principal causa do baixo crescimento e má distribuição de renda.
Pelo menos na educação, ciência e desenvolvimento econômico são assuntos que unem o Brasil de diferentes classes sociais e formação ideológica. Mesmo onde pode haver divergências, Aldo Rebelo tem um olhar genuíno de como foram construídas forças políticas para diversas crises que o Brasil passou desde o Império à criação da República, Revolução de 1930 até os tempos atuais. Com este olhar no passado e visão de futuro, Aldo Rebelo dá uma generosa contribuição ao debate em torno de questões estratégicas para fortalecimento da democracia, das instituições republicanas a da unidade nação brasileira.