Nesse dia 2 de dezembro de 2019, faz quatro anos que o então presidente da Câmara, Eduardo Cunha, aceitava o pedido de impeachment da então presidente da República, Dilma Rousseff.
O deputado Eduardo Cunha deu entrevista coletiva no Salão Verde do Congresso para anunciar que aceitava o processo de cassação de Dilma, feito pelos juristas Hélio Bicudo, Janaína Paschoal e Miguel Reale Jr, protocolado na Câmara em 21 de outubro de 2015. Acusavam Dilma de atos ilícitos em sua gestão à frente do governo, denominados como “pedaladas fiscais”.
Era o início de tempos de crises e turbulência que mudaram a história do Brasil, com verdadeiras batalhas no campo político e jurídico. A reação dos partidários de Dilma foi estridente, com discursos no Congresso e, nas ruas, conflitos e confrontos dos contrários e favoráveis ao impeachment.
Depois de meses de tramitação nas duas Casas do Legislativo, Dilma foi afastada em definitivo, com a votação no Senado de 61 votos contra 20, em 31 de agosto de 2016, em sessão que varou a madrugada, presidida pelo então presidente do Supremo, Ricardo Lewandowski. No lugar da senhora Rousseff no Palácio Planalto assumiu o vice Michel Temer.
Daquele dia 2 de dezembro de 2015 até hoje a vida dos personagens desse episódio mudou bastante. E como. Dilma, agora ex-presidente, mudou de endereço. Não mora mais no Palácio Alvorada. Agora divide sua residência entre o Rio, Belo Horizonte e Porto Alegre.
Eduardo Cunha também não mora mais em Brasília, na confortável residência oficial na Península do Lago Sul, e sim numa cela do Complexo Penal de Pinhais, no Paraná. Após ser destituído da presidência da Câmara e perder o mandato parlamentar, foi preso pela Operação-Lava-Jato. Na semana passada seus advogados de defesa pediram à Justiça que ele vá para o regime de prisão domiciliar.