Na rodovia Osvaldo Cruz, em São Paulo, que liga Taubaté a Ubatuba, a solitária viagem do velho fusquinha.
Essa é daquelas fotos que a gente só faz porque acha agradável aos olhos e não propriamente por ser notícia.
Eu era passageiro de uma moderna camionete que me levava ao litoral Norte de São Paulo e depois a Paraty, no Rio. Na descida da sinuosa estrada que entrecorta a bela paisagem de antigas fazendas de café, vi à frente esse fusca branquinho, tal e qual o primeiro automóvel que adquiri, láaaa na década de 1970. Metros depois, o nosso robusto e veloz Pajero o ultrapassou e o vi ficar para trás o inesquecível modelito da Volks.
Bem adiante, uma hora depois, o condutor do meu possante automóvel parou para reabastecer o tanque de combustível da moderna camionete. O danado do fusca não parou no posto da Petrobrás. Passou direto, altaneiro, com seu barulho inconfundível. Claro, consome quase três vezes menos que os potentes carrões de hoje. Bem regulado, um fusquinha faz mais de 15 quilômetros com um único litro de gasolina. E se o motorista colocar na “banquela”, aliás, ponto-morto, gasta menos ainda.
Orlando Brito