Em frente a uma fazenda encravada em um braço do Rio Solimões, a barcaça carregada de soja faz sua longa viagem pela Amazônia.
Quem sobrevoa a Amazônia de monomotor pode ver a maravilha que é a região. Foi subindo de Manaus para Coari que vi da janela do aviãozinho essa cena aí: uma fazenda ilhada pelas águas do Solimões. Depois que passa por Manaus, o Solimões ganha o nome de Amazonas, mas é o mesmo rio. Exuberante.
As casas de madeira – na verdade, palafitas – são a maioria das residências na selva. Nos quintais da propriedade, há sempre um barco ancorado e uma pequena plantação de verduras para atender às necessidades dos moradores. A gente também pode ver na foto, algumas cabeças de gado no pasto. E, passando ao largo, uma chata carregada, movida por dois rebocadores. Muito provavelmente transporta soja de Porto Velho até a capital do Amazonas.
Como não existem ferrovias ou rodovias naquela região da Amazônia, o transporte por balsas e barcaças é única forma do produto chegar ao seu destino. Aliás, a navegação fluvial brasileira representa somente dois por cento do sistema de transporte do País.
Orlando Brito