A última quarta-feira foi um dia por demais marcante na vida do presidente Michel Temer. Primeiramente, porque sofreu uma intervenção cirúrgica para corrigir uma obstrução urinária. Em segundo lugar, teve arquivada pela Câmara dos Deputados a segunda denúncia do ex-Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, contra ele.
Sua alta hospitalar ocorreu praticamente na mesma hora em que o plenário da Câmara, rejeitava por 251 votos a 233 o processo de Janot, que incluía também os ministros Moreira Franco e Eliseu Padilha.
Mesmo com a recomendação médica de obedecer repouso, ontem Michel Temer começou cedo sua agenda de trabalho. Pela manhã, na residência do Jaburu, gravou vídeo — divulgado pela Secretaria de Comunicação da Presidência da República — com o qual agradece aos que se preocuparam com sua saúde e aos deputados que votaram pelo arquivamento da denúncia e, também, fez breve análise dos pontos positivos de seu governo.
À tarde, no Palácio do Planalto, Michel Temer Temer participou da cerimônia de assinatura de empréstimo de 650 milhões de reais para obras de recuperação do Rio, ao lado do presidente pela Caixa, Gilberto Occhi, do prefeito Marcello Crivella e do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia. Sabendo do assassinato do coronel da PM carioca, Luiz Gustavo Teixeira. Aproveitou a ocasião para anunciar que sancionou a lei que torna crime hediondo a posse de fuzil e outras armas de uso exclusivo das Forças Armadas.
Hoje o presidente embarca para São Paulo. Amanhã, fará novos exames no Hospital Sírio e Libanês para que os médicos Roberto Kalil e Miguel Srougi obtenham diagnóstico preciso do problema que o fez ficar internado por sete horas no Hospital do Exército, em Brasília.