O tema principal do governo e da mídia passou a ser o combate à criminalidade. Após o decreto de intervenção federal na segurança pública no Rio, o governo direciona suas principais ações para esse tema. Tanto que nessa semana criou um ministério exclusivo para cuidar o assunto. Hoje, no Planalto, o presidente Michel Temer fez reunião com os governadores dos estados e do Distrito federal.
Salão lotado de autoridades. Com os presidentes do Senado, da Câmara e do Supremo, a ministra Cármen Lúcia. E, ainda, o general Braga Netto e o delegado Rogério Galloro, novo diretor da Polícia Federal.
Michel Temer convocou a reunião para atender ao grande volume pedidos que chega à Presidência para que medidas idênticas se estendam a todas as unidades da federação e que reclamam programa idêntico para combater o crime organizado. Participaram do encontro no chamado Salão Oval do Palácio, não comentes os governadores e líderes de partidos, mas também os ministros das áreas envolvidas na segurança.
O presidente Temer discursou e destacou que o Brasil está unido, com as forças federais e regionais, na causa da reduçāo da criminalidade, da segurança pública.
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, candidato à presidência nas eleições de outubro, também estava presente. Durante a semana esforçou-se para entrar na mesma pauta do governo federal. A bordo de um jipão, visitou em carreata obras no Vale do Paraíba e anunciou que reforçará a segurança nas regiões de seu estado próximas do Rio de Janeiro.
Na quarta-feira, o ministro Raul Jungmann anunciou o plano de aparelhamento e funcionamento da pasta que assumiu um dia antes, o recém-criado Ministério Extraordinário da Segurança Pública. Substituiu o diretor da Polícia Federal. Agradeceu a colaboração do delegado Fernando Segóvia e nomeou o novo chefe da PF, Rodrigo Dalloro. Reuniu jornalistas para anunciar a contratação de mil agentes que irão compor o corpo de atuação do novo órgão.
O general Braga Netto, comandante da intervenção federal na segurança do Rio, também falou, no Palácio Guanabara, no início da semana. Anunciou o nome do general Mauro Sinott como seu principal assistente e que é plano equipar melhor as polícias que compõem o sistema de combate à violência e ao crime organizado. Disse também que as ações em terras cariocas são um laboratório para o Brasil. Como medida objetiva, informou que não pretende colocar permanentemente as tropas das Forças Armadas policiando as favelas.