A senadora Simone Tebet, do Mato Grosso do Sul, era até a tarde dessa quinta-feira, candidata do MDB para concorrer à presidência do Senado. Sua candidatura foi lançada na presença dos caciques do partido há 15 dias, os também senadores Renan Calheiros, Eduardo Braga, Fernando Bezerra e Eduardo Gomes. Era considerada nome com alguma chance de derrotar Rodrigo Pacheco, candidato decladadamente do Palácio Planalto.
Acontece que desde a apresentação da senadora Simone, na sala da liderança do partido no Congresso, não foi possível perceber algum empenho de seus colegas emedebistas para o sucesso de sua candidatura. Nessa semana, interesses outros de seus pares fizeram-na mudar de rumo. Vários deles, além de declarar adesão a Rodrigo Pacheco, necociam cargos na chapa do preferido de Jair Bolsonaro.
Restou a Simone Tebet anunciar que abre mão de concorrer com a chancela do MDB, mas agora na condição de independente. — Não sou candidata avulsa, mas sim de uma condição minha, das minhas propostas, disse.
O Parlamento brasileiro poderia ser pela primeira vez ser presidido por uma mulher. Perde, com a quase certa derrota de Simone Tebet, a oportunidade de estar atualizado com demais países do mundo, com mulheres à frente do poder. A exemplo de Angela Merkel como chanceler da Alemanha; Nancy Pelosi, presidente da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos, e Kamala Harris, vice de Joe Biden; Christine Lagarde, à frente do Banco Central da Europa; Jacinda Arden, primeira-ministra da Nova Zelândia; e Ursula von der Leyen, comandante da Comunidade Europeia.
Resta saber se, após o resultado dessa eleição e a volta dos trabalhos do Congresso, Simone Tebet continuará filiada ao MDB.