A violência e a criminalidade dos tempos atuais encheriam de vergonha, medo e desgosto o sambista carioca Moreira da Silva, conhecido como o “Rei dos Malandros”.
Nascido no tradicional bairro da Tijuca em abril de 1902 e falecido em junho de 2000, Moreira da Silva marcou seu nome hall da fama da música brasileira com sambas bem-humorados que abordavam a peleja entre bandidagem e polícia.
Frequentador dos bares e da boemia carioca orgulhava-se de jamais ter se metido em uma briga sequer.
Moreira da Silva era amigo de Noel Rosa, Mário Lago, Ismael Silva, Lamartine Babo, Nelson Gonçalves, Elza Soares, Pixingunha, Aracy de Almeida e um sem números de artistas do primeiro time da música brasileira. Fez sucesso com um repertório de quase 400 gravações, entre elas “Acertei No Milhar”, “Piston de Gafieira” e “Na Subida do Morro”, todas usando como pano de fundo os subúrbios e o centro do Rio de Janeiro.
Em “Olha o Padilha”, Kid Morengueira, como era também conhecido, dizia que: “malandragem é glamour, mas violência é crime”. Em 1992, usou os costumeiros terno branco e chapéu de palhinha para posar o meu livro de fotos “Senhoras e Senhores”.