Com a ida do senador Ciro Nogueira — um dos líderes do PP, o partido que mais incorpora o chamado Centrão — para a Chefia do Gabinete Civil da Presidência da República no lugar do atual titular, o general Luiz Ramos, essa cena aí da foto certamente se repetirá ainda nessa semana, terça ou quarta-feira. Ramos irá para a Secretaria-Geral no Palácio Planalto. O deputado Onyx Lorenzoni, do DEM do Rio Grande do Sul, que hoje ocupa o cargo, assumirá um novo ministério, o do Trabalho e Emprego a ser criado por Jair Bolsonaro.
O primeiro dos ministros a deixar o Planalto foi o Gustavo Bebiano, um dos principais nomes de Bolsonaro durante a campanha para presidente. Assumiu a Secretaria-Geral da Presidência no dia da posse do novo governo e permanceu 48 dias no Planalto. O general Floriano Peixoto ocupou seu lugar, mas foi transferido para a presidência dos Correiros. Para substituí-lo, o major da PM Jorge Oliveira, hoje no Tribunal de Contas de União.
Ricardo Vélez foi exonerado após três meses à frente da pasta da Educação. Para sua cadeira foi Abraham Weintraub, transferido para um cargo no Banco Mundial em Washington. Houve ainda o caso do professor Carlos que Decotelli que foi nomeado em 25 de junho de 2020 e caiu antes de tomar posse. O general Santos Cruz também ocupou a Secretaria-Geral da PR, hoje de Onyx e em breve sob o comando do general Ramos. Lorenzoni, chamado por Bolsonaro de coringa, foi para o lugar de Osmar Terra no Ministério da Cidadania. Outra mudança foi a saida de Gustavo Canuto que deixou o Desenvolvimento Regional para Rogério Marinho. Em junho do ano passado, Jair Bolsonaro agradeceu a Fábio Wajngarten por seus serviços à frente da SeCom do Planalto e criou a pasta das Comunicações. Como titular, o deputado Fábio Faria.
Pelo Ministério da Saúde, hoje a cargo de Marcelo Queiroga, passaram os também médicos Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich. Depois, no auge da Pandemia da Covid, o general Eduardo Pazuello. A crise entre Jair Bolsonaro e Sérgio Moro culminou com a saída do ex-juiz da Lava-Jato em Curitiba do Ministério da Justiça. André Mendonça, indicado para a vaga de Marco Aurélio Mello no Supremo, foi o escolhido para a o posto. É um emaranhado de mudanças, postos e cargos. Lembando que a deputada brasilisense Flávia Arruda deixou a Câmara Federal para receber do general Ramos a Secretaria de Governo.
Outra modificação no time de Jair Bolsonaro: no Ministério da Defesa, a troca do general Fernando Azevedo pelo também general Wálter Braga Netto que, assim, deixou a Casa Civil da PR. Álvaro Antônio, deputado por Minas Gerais, respondeu durante 700 dias no Ministério do Turismo. E o embaixador Ernesto Araújo, por 800 no Itamarati, ou seja, as Relações Exteriores. As mudanças não devem ficar por aí. Há quem aposte em novas demissões e nomeações brevemente.