O Ministério da Saúde é o órgão do Governo Federal com a finalidade de comandar, traçar diretrizes e zelar pela higidez e bem-estar da população. Entretanto, o que se verifica nesses terríveis tempos de pandemia da Covid não é exatamente o que acontece. Temos visto nos dois últimos anos sua saga desmedida para contestar processos recomendados pela ciência no combate ao Coronavírus.
Ainda neste sábado (22/03), o ministério divulgou boletim com teoria contrária à certeza de pesquisadores, cientistas e entidades qualificadas no assunto — a OMS-Organização Mundial da Saúde e a ANVISA-Agência Nacional de Vigilância Sanitária. A publicação informa que o protocolo composto pela hidroxicloroquina é mais eficiente para combater a doença que as vacinas, essas usadas com eficácia comprovada em todo o mundo.
Em contraponto, infectologistas e médicos de reconhecido conhecimento do tema dizem que os argumentos apresentados na nota do Ministério da Saúde, carecem de critérios técnicos robustos e indicam ser de caráter político, ideológico. Segue a tese do presidente Jair Bolsonaro, contumaz combatente do uso de máscaras e, sobretudo, da imunização contra a Covid. As vacinas são essenciais no combate ao vírus e, no Brasil, o número de mortos — hoje beira 623 mil — só não é maior por conta delas. Ainda mais agora, com a crescente onda da nova versão do vírus, a Ômicron.