Sara Winter está novamente envolvida com a Justiça e a polícia. Depois de presa por decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre Moraes, agora a ativista da direita radical pode voltar para a cadeia. Dessa vez, por incitar seus seguidores a protestar e impedir o aborto da menina de 10 anos de idade que ficou grávida ao ser abusada sexualmente por um tio-monstro, no Espírito Santo.
A líder do “Acampamento 300 do Brasil”, composto por apoiadores de Jair Bolsonaro, foi levada pela polícia em 15 de junho, acusada de participar e promover ações antidemocráticas e fazer agressões verbais aos ministros da Suprema Corte. Após duas semanas de detenção na Penitenciária Feminina Colméia, na cidade-satélite do Gama, em Brasília, foi liberada com a condição cumprir prisão domiciliar e usar tornozeleira eletrônica.
Porém, no início dessa semana, Sara “Winter” Giromini, publicou em suas páginas nas redes sociais da Internet informações sigilosas sobre a criança capixaba barbaramente abusada sexualmente pelo tio. Revelou, por exemplo, o nome e o endereço do hospital em que a menina viria ser internada para fazer o procedimento de aborto, em Recife. Por conta disso, vários de seus seguidores fizeram manifestação e tentaram invadir o hospital para impedir a interrupção da gravidez, recomendada por médicos e psicólogos.
Houve uma enxurrada de protestos contra a atitude de Sara Winter e agora autoridades pedem novamente sua prisão por considerar que, em liberdade, a ativista é ameaça real à sociedade. Além disso, o Ministério Público do Espírito Santo requer indenização por danos morais à família da menina de um milhão e trezentos mil reais, a serem revertidos ao Fundo dos Direitos da Criança e do Adolescente de São Mateus.