O ano de 2016, com certeza, foi um dos que mais produziu crises na seara da política. E foi o Congresso o endereço para onde se dirigiram os temas mais palpitantes. A começar pela tramitação, votação e, por fim, o processo de impeachment da presidente da República, Dilma Rousseff e a posse de Michel Temer. Depois, a saída do deputado Eduardo Cunha da presidência da Câmara, substituído por Rodrigo Maia.
No Senado, Renan Calheiros também teve sua posição à frente da Casa ameaçada, no episódio que tomou proporção de grande crise, quando o ministro do Supremo Marco Aurélio Mello pediu seu afastamento do cargo por uma decisão liminar. A crise foi minorada com a queda da ação do ministro Marco Aurélio no plenário do STF.
As duas casas do Legislativo tiveram pauta movimentada. Desde votações de propostas de emendas à Constituição e projetos de lei, avaliação de vetos do presidente da República, referendo de medidas provisórias e, sobretudo, projetos que geraram acaloradas discussões, com polêmicas e controvérsias. Entre tantos, por exemplo, a PEC do teto de gastos públicos, o abuso de autoridades e o pacote de medidas contra corrupção.
Sem falar dos vários conflitos entre manifestantes de todas as causas e PMs em frente ao Congresso. E no interior também, relembrando o episódio da ação da Polícia Federal contra a Polícia Legislativa. E, ainda, da invasão do plenário da Câmara por ativistas da extrema direita.
Mas agora, após a aprovação do Orçamento de 2017, o Congresso entra em recesso. Apesar da possibilidade de uma convocação extraordinária, ninguém aposta nisso. Em fevereiro, o Senado escolherá o sucessor de Renan Calheiros para sua presidência. Tudo indica que o escolhido será o cearense Eunício de Oliveira. Já na Câmara, a indefinição é maior. Há quem crave na recondução de Rodrigo Maia. Mas isto depende ainda de interpretação da lei que trata da reeleição de parlamentares para a Mesa.