Impressionante a quantidade de polêmicas e novidades que desfilam diariamente nas redes sociais em todo momento. Curiosidades, surpresas e notícias do mundo inteiro. Mas o Rio de Janeiro é imbatível. Algumas, é claro, decorrem do próprio cotidiano, do movimento rotineiro de uma metrópole agitada como sempre foi o Rio. O certo é que toda hora rola uma história.
O prefeito Marcelo Crivella anunciou nessa semana que deverá cortar em cinquenta por cento a subvenção que o governo dá a cada escola de samba do grupo especial para o desfile no carnaval carioca, na Avenida Marquês de Sapucaí. Ao invés de dois milhões, a partir do próximo ano, a verba deverá ser reduzida para um. A outra metade do dinheiro será, pelos planos do prefeito, destinada ao custeio das despesas das creches da Cidade Maravilhosa.
A reação foi imediata. A LIESA, Liga das Escolas de Samba cariocas, por seu presidente Jorge Castanheira, foi estar com o prefeito Crivella. Disse-lhe que a medida inviabilizará a apresentação das agremiações no Carnaval de 2018. E os diretores de algumas das 13 escolas que dão brilho ao desfile do Sambódromo, ameaçam passar longe da avenida. Alegam ser injusto retirar o incentivo das entidades que são a principal peça de arrecadação do carnaval do Rio. Dizem tratar-se do maior espetáculo da terra e, segundo cálculos da RioTur, o evento movimenta em torno de três bilhões, fonte de impostos para os cofres do município.
A notícia ganhou a mídia e retumbou nas mídias sociais. E surgiram repercussões de vários tipos. Dos gestores de creches e dos pais de crianças a serem beneficiadas pela medida, alegres com a ideia do prefeito. Internautas fizeram chover postagens tipo “nesse país, onde não há leitos em hospitais, onde não há Educação para o povo e com uma crise avassaladora, financiar entidades de carnaval é totalmente dispensável”.
Outros acusam Marcelo Crivella de ser pressionado pelos pastores das igrejas evangélicas que o apoiaram na eleição para “em nome do caretismo, censurar e conter a liberdade especialmente de expressão corporal, sonora e visual que se apresentam nos desfiles da Avenida Sapucaí”. E como forma de discordar da ação do prefeito, os diretores das escolas de samba prometem fazer protesto e passeata que deverá sair da prefeitura até o Sambódromo.