Poder feminino: a ministra Zélia, princesa Isabel, presidente Dilma

Zélia Cardoso de Mello, na cabeceira da mesa da reunião com empresários: a primeira mulher a comandar a pasta da Economia no Brasil. Foto OrlandoBrito
Zélia Cardoso de Mello, 1990 - Foto Orlando Brito
Zélia Cardoso de Mello, 1990 – Foto Orlando Brito

Reunião do alto empresariado brasileiro com a economista paulista Zélia Cardoso de Mello, titular do Ministério da Economia, Fazenda e Planejamento no governo Fernando Collor entre 15 de março de 1990 a 10 de maio de 1991.

 

Antes de Dilma Vana Rousseff eleger-se presidente da República, a mulher que mais deteve poder na história do Brasil foi Zélia Maria Cardoso de Mello, quando tinha 36 anos de idade. Veja nessa foto que fiz em seu gabinete de trabalho, na Esplanada dos Ministérios, em Brasília: ela ocupa a cabeceira da mesa e merece a atenção de todos os homens que a cercam, expoentes do setor empresarial.

Dilma presidente. Foto Orlando Brito
Dilma presidente. Foto Orlando Brito

A passagem de Zélia Cardoso de Mello pelo governo ficou marcada basicamente por três assuntos. Primeiro, pelo confisco por dezoito meses das contas bancárias em poupança superiores a cinqüenta mil cruzados, a moeda brasileira da época. Em segundo, a redução das alíquotas de importação. E ainda, a redução dos altos níveis de inflação.  

Depois que deixou o ministério, doutora Zélia casou-se com o humorista Chico Anísio – falecido em março de 2012 –, com quem teve dois filhos. Atualmente reside em Nova Iorque, onde dirige seu escritório de assessoria. É sempre convidada para palestras e escrever artigos para revistas do Brasil e do Exterior sobre economia internacional.

Maria Sílvia Bastos Marques foi a primeira mulher a ocupar um posto de grande relevância n

Maria SIlvia Bastos Marques, presidente do Instituto Brasileiro de Siderurgia, em 2001.
Maria Sílvia Bastos Marques, presidente do Instituto Brasileiro de Siderurgia, em 2001.

o governo do presidente Michel Temer. A carioca comandou o BNDES – Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social. Quando presidiu o Instituto Brasileiro de Siderurgia, em 2001, foi considerada pela revista Times uma das executivas mais importantes do mundo. Bom lembrar que a jurista Raquel Dodge é a primeira a ocupar a Procuradoria-Geral da República.

 

Esther de Figueiredo Ferraz, ministra da Educação, no governo do general João Figueiredo, em 1980. Foto Orlando Brito
Esther de Figueiredo Ferraz, ministra da Educação, no governo do general João Figueiredo, em 1980. Foto Orlando Brito

O general João Figueiredo inovou quando convidou a advogada paulistana Esther de Figueiredo Ferraz – professora de Português, Francês, Latim, Matemática, Psicologia, Sociologia, Lógica e História – para a pasta da Educação. Ao assumir, transformou-se na primeira mulher a fazer parte do alto escalão do governo federal.

Gostaria de lembrar que a princesa Isabel, ainda antes República, portanto nos tempos do Brasil imperial, também era poderosa. Tanto que a Lei Áurea, que extinguiu a escravidão do país, foi decretada por ela.

Só uma curiosidade: o nome completo da princesa era Isabel Cristina Leopoldina Augusta Micaela Gabriela Rafaela Gonzaga de Bragança e Bourbon.

Isabel, a poderosa princesa.
Isabel, a poderosa princesa.
Deixe seu comentário