A Câmara dos Deputados decidirá hoje qual dos seus componentes irá presidir a Casa em sucessão a Eduardo Cunha que, envolvido em denúncias e processos de corrupção, de teve de renunciar ao posto. O parlamentar eleito cumprirá o restante de seu mandato à frente da Câmara até fevereiro do ano que vem, portanto em torno de sete meses.
Pela primeira vez nas últimas décadas, o PT não terá um candidato. Líderes do partido do ex-presidente Lula dizem que podem apoiar qualquer um dos candidatos, menos os que tenham participado do “golpe” à presidente afastada Dilma Rousseff. Já os caciques do PSDB garantem apoio aos que tenham votado a favor do impeachment.
Sobre favoritos, entendidos da dança da política, analisam que o eleito sairá dentre os nomes até agora apontados nas conversas de bastidores: Rogério Rosso, segundo se diz, do grupo de Eduardo Cunha; Marcelo Castro, ex-ministro do governo Dilma ou Rodrigo Maia, o predileto do Palácio do Planalto. Porém, Há quem aposte em surpresas. Por exemplo, nos veteranos Esperidião Amim e Miro Teixeira.
Nos últimos dias, a cada hora o número de candidatos mudou. Chegou a ter somente dois concorrentes, depois 20. Mas hoje, calcula-se em torno de 12. Todo mundo arrisca palpite sobre os favoritos. Porém, ninguém crava o nome do possível vencedor. O certo é que 512 senhoras deputadas e senhores deputados escolherão aquele que sucederá Eduardo Cunha.