É tradição. Em todos os anos a terceira semana desse mês a chamada seara do poder esvazia-se. Principalmente no Congresso, senadores e deputados viajam para seus estados por conta das festas juninas.
É ocasião em que os parlamentares jamais deixam de estar em suas cidades para as tradicionais comemorações de João João, São Pedro e Santo Antônio. Dizem ser a oportunidade ideal para manterem-se próximos dos eleitores.
E não será diferente nessa semana, quando na quarta-feira os parlamentares embarcam para suas regiões. Na terça, terão agenda intensa. Na Câmara, será lido na Comissão Especial o relatório final da reforma da previdência. No Senado, a votação do plenário do decreto que flexibiliza o uso de armas enviado ao Congresso pelo presidente Jair Bolsonaro.
As notícias, contudo, não ficarão restritas aos assuntos do Legislativo. Continuarão em pauta as crises que envolvem o poder Executivo. Principalmente a que tem como foco principal o ministro Sérgio Moro, da Justiça e Segurança Pública, no vazamento das gravações de quando era juiz da Operação Lava-Jato, em Curitiba.
Outro assunto que, com certeza, dominará o cenário será a substituição do economista Joaquim Levy, que pediu demissão da presidência do BNDES após as críticas de Jair Bolsonaro à sua gestão à frente da instituição. Não se sabe ainda o nome que o ministro Paulo Guedes apresentará para o cargo.
Porém, é possível que novos temas surjam durante a semana que aparentemente terá poucas novidades. A maneira de decidir do presidente Jair Bolsonaro sempre apresenta surpresas.