O dia começa movimentado na cena da política do Rio. Foi preso hoje pela Polícia Federal, o ex-governador Sérgio Cabral. Logo depois das seis da manhã, ele foi conduzido em uma viatura policial de seu apartamento no Leblon para a sede PF, na Zona Portuária.
Cabral é acusado de ter recebido propina para realização de grandes obras durante seu governo. Calcula-se que os prejuízos aos cofres públicos chegam a 220 milhões de reais, segundo a Justiça Federal. A operação da Federal foi batizada de Calicute e é consequência das delações premiadas do empresário Fernando Cavendish e, também, da Andrade Gutierrez e Empreiteira Carioca, na Operação Lava-Jato.
No momento da prisão de Sérgio Cabral, manifestantes tiveram de ser contidos ao gritarem culpando-o pela complicada situação em se encontram as finanças do estado do Rio de Janeiro. A Polícia Federal cumpre também vários mandados de prisão e condução coercitiva para outros nomes ligadas a Sérgio Cabral, inclusive de sua esposa, Adriana Anselmo.
Ontem, outro ex governador do Rio, Anthony Garotinho, também foi preso, acusado de crimes eleitorais. Ainda na delegacia, sentiu-se mal, como dores no peito e pressão alta, e foi internado no Hospital Munipal SSouza Aguiar. Seus advogados apelaram ao Tribunal Superior Eleitoral, pedindo sua soltura. Porém, a ministra Luciana Lóssio negou o recursos afirmando que esse deveria ser feito à instâncinal regional, ou seja ao TRE.
Em Curitiba, a mulher de Eduardo Cunha, onde está preso o ex-deputado carioca, Claudia Cruz fez depoimento na Operação Lava-Jato. E, no centro do Rio, houve confronto em frente à Assembleia Legislativa entre manifestantes e a tropa de choque da PM.
