A senhora Benedita da Silva observa o filho, ministro Joaquim Barbosa, na cerimônia em que ele, ao lado da então presidente Dilma Rousseff, toma posse como presidente do STF, em 22 de novembro de 2012.
Um jornalista, seja repórter ou fotógrafo, existe para relatar, comunicar aquilo que acontece. Para aproximar o leitor distante do acontecimento que está à sua frente.
A Comunicação, na verdade, é um idioma que repórter e fotógrafo têm de dominar com desenvoltura. Assim como um redator escolhe um vocábulo para se referir a um personagem, um fotógrafo escolhe um ângulo. Assim como o repórter opta por uma narrativa, o fotógrafo decide por um ponto de vista.
Em um texto você usa frases para prender a atenção de quem o lê e pontuação precisa em nome da clareza. Em uma fotografia, devo usar lente adequada, fazer da luz uma aliada para torná-la agradável ao vê-la. Porém, uma fotografia não basta ser bela, tem de ser informativa.
Nem sei o número de momentos pontuados pela emoção já retratei. Mas esse aí, que mostra a imensurável ligação entre mãe e filho, é exemplar. Por tudo que a história do filho de dona Benedita da Silva – o ministro Joaquim Barbosa – significa, é tocante. Simbólico.
Bem, se eu soubesse narrar com palavras não seria fotógrafo.
Orlando Brito