Uma das características das capitais de todos os países é ser palco de protestos dos cidadãos descontentes com as autoridades. É para as sedes do governo federal que manifestantes se dirigem para dizer de suas reivindicações. É assim, por exemplo, com Paris, Washington, Buenos Aires, México e, enfim, mundo a fora. Não é diferente com Brasília.
Não há uma semana em que a capital do Brasil deixe de receber na Esplanada dos Ministérios e na Praça dos Três Poderes caravanas de manifestantes que se instalam na vasta área verde em frente ao Congresso com a finalidade pressionar nas votações de seu interesse na Câmara ou no Senado. E também acompanhar os processos em julgamento nos tribunais superiores. São sindicalistas, representantes de classes, centrais de trabalhadores. Conflito e confronto com a polícia é o que não falta
E são muitas as pessoas que fazem seu “discurso”, democraticamente. Cada uma a seu modo. Às vezes, de maneira até incompreensível, porém bem humorada. Exemplo disso são essas duas exóticas figuras aí da foto que se fantasiaram de Extra-Terrestre e de Tiradentes para ilustrar seu protesto.
Na verdade, nesse caso, não há muita coerência do ET e do mártir da Independência do Brasil com as placas que exibem.
Quando vi a cena, essa da foto, me lembrei na hora de Zé Limeira, o Poeta do Absurdo, que varou os confins da Paraíba. Seu objetivo era rimar. Isso, fazer render rima o seu pensamento, não interessava que absurdo pudesse resultar. Por exemplo: “A desgraça de Sansão foi trair Pedro Primeiro. Semente de marmeleiro …”