Cada um dos candidatos a presidente da República usou o fim-de-semana de maneira e ritmo diferentes. Sérgio Moro já adiantou que pretende criar uma agência para combater a pobreza e uma uma corte especial contra a corrupção. Em seu Twtter, uma frase com caráter de lema: No nosso projeto, as pessoas estarão em primeiro lugar, as pessoas estarão acima de tudo.
Moro foi a Recife para o lançamento do seu livro “Contra o Sistema da Corrupção”, no qual conta sua passagem pelo governo de Jair Bolsonaro como ministro da Justiça. Pela manhã, recebeu um grupo de admiradores. Posou para uma fotografia usando um chapéu de couro característico dos vaqueiros do Nordeste. No início da noite, falou para atentos presentes ao Teatro RioMar.
No sábado, Moro esteve em Porto Alegre para o lançamento do livro. Recebeu a visita de Eduardo Leite, derrotado por João Dória nas prévias do PSDB. Garantiu ao governador gaúcho que sua candidatura à Presidência é para valer. Não pensa em Senado e sim no Planalto. Ganhou o apoio do tucano.
Sem agenda oficial no domingo, Jair Bolsonaro partiu pela manhã para um passeio esportivo. Foi ao Minas Brasília Tênis Clube, o preferido de seu sogro. Entrou no gramado do campo de futebol para dar o pontapé inicial da partida final do campeonato de veteranos. Protegido pelo seu corpo de seguranças, tirou retrato com alguns fãs, comeu pastel, cantou o Nino Nacional ao lado dos jogadores e voltou para o Palácio Alvorada na hora do almoço.
Lula não saiu de casa, recebeu auxiliares próximos. Ainda estão rolando nas redes sociais as entrevistas que deu durante a semana. Em uma delas, reconheceu que o PT cometeu pequenos erros quando esteve no Planalto. Noutra, relembra sua visita aos catadores de recicláveis, em Brasília. Sobre a definição de quem será seu companheiro de chapa como vice ainda não há definição. Seguem as suposições em torno do destino de Geraldo Alckmin.
João Dória continua em Nova Iorque. Acompanhado do ex-ministro da Fazenda do governo Temer, Henrique Meirelles, faz viagem em busca de investimentos e novos negócios para São Paulo. Dos Estados Unidos, anunciou que sua campanha terá dois coordenadores. Um para dedicar-se ao andamento da campanha para o Planalto e o segundo para coordenar a elaboração do programa de governo. Deixa no ar que um deles pode não ser necessariamente do PSDB mas, sim, quem sabe de outra legenda que venha apoiá-lo.
Com a proximidade do recesso parlamentar, é muito provável que nessa semana todos façam ponto em Brasília. O MDB promete em breves dias um passo à frente sobre a candidatura da senadora Simone Tebet. Ciro Gomes continua calculando a rota de seu destino. Rodrigo Pacheco, do PSD de Gilberto Kassab, está envolvido com temas ainda em aberto no Congresso e não tem se dedicado por inteiro ao seu caminho para o Planalto. O senador Alessandro Vieira, do Cidadania, divide seu tempo entre os compromisssos parlamentares e a pré-campanha.
E o Cabo Daciolo, conta-se, está formando seu staff para sua campanha. Na eleição presidencial de 2018 chegou à modesta margem de um por cento dos votos e, portanto, ficou na rabeira ainda no primeiro turno. Por certo, crê na máxima “os últimos serão os primeiros”. Há fortes rumores de que pretende tentar novamente chegar ao Planalto. Precisará muito do próprio esforço, bastante da vontade dos eleitores e, mais que tudo, da ajuda divina.