Impeachment e crise, com certeza foram das palavras mais publicadas no ano que agora termina. Já no início de 2016, na reabertura dos trabalhos do Congresso, o processo de afastamento da então presidente Dilma Rousseff era o assunto de maior destaque não somente entre os parlamentares e a mídia, mas também em todos os setores da sociedade.
Após a aceitação do pedido de impeachment de Dilma na Câmara, presidida por Eduardo Cunha, o processo agora tramitava no Senado Federal. Em 29 de agosto, na condição de presidente afastada, Dilma Rousseff compareceu ao plenário para fazer, ela mesma, sua defesa perante os parlamentares. Durante 46 minutos usou a tribuna, reafirmando inocência na acusação de crime de responsabilidade, as denominadas pedaladas fiscais.
A sessão foi tensa, com debates acalorados entre senadores a favor e contra a saída de Dilma. Vários amigos e aliados da senhora Rousseff compareceram à galeria do Senado para prestigiá-la. Entre tantos, o ex-presidente Lula, o compositor Chico Buarque e os ministros Jacques Wagner, Tereza Campelo, Mirian Belchior e Eleonora Menicucci.
A solidariedade dos amigos, porém, não foi suficiente para mudar a decisão dos senadores e o destino da presidente. O impeachment foi aprovado em definitivo, dois dias após, em 31 de agosto, por 61 votos a 20.