Em época de eleições é costumeiro que entidades dos setores de produção, da economia, da indústria, comércio, tecnologia e serviços queiram ouvir dos candidatos a governos quais são seus projetos e o que pensam sobre suas áreas de atuação. Nessa fase da campanha eleitoral, portanto, sempre há debates, encontros e seminários acerca de variados temas. Foi o que aconteceu ontem em Brasília num fórum destinado ao futuro dos transportes urbanos, sobretudo metrôs.
Henrique Meirelles, Geraldo Alckmin e Levy Fidélix, candidatos à presidência da República, e Rui Costa Pimenta à reeleição no estado da Bahia, puderam expor seus pontos de vista sobre o futuro dos transportes nas grandes cidades. Concorrente ao Planalto, Ciro Gomes cancelou sua participação em cima da última hora. Marina também não compareceu. Enviou um vídeo apresentado no plenário, no qual diz que o Brasil não pode ficar “refém de uma forma única de transportar os cidadãos”.
Em sua fala, Henrique Meirelles ressaltou que pretende implantar “uma revolução nas grandes cidades para democratizar o acesso ao transporte público” e também em aproveitar os exemplos de sistemas metroviários que viu no Exterior. Já o tucano Geraldo Alckmin falou das dificuldades de dotar uma metrópole como São Paulo, com 23 milhões de habitantes, de perfeito sistema de transporte coletivo. Acha essencial a elaboração de plano em longo prazo que contemple a mobilidade urbana. Levy Fidélix, assim como Meirelles, quer criar projetos que privilegiem a construção de ferrovias.
O governador de São Paulo, Márcio França, mandou um representante. As atenções ficaram então para Rui Costa. Disse da implantação de 33 quilômetros de metrô na capital baiana e do sistema que ameniza o trânsito na cidade, com um projeto que evita a entrada de ônibus interurbanos em Salvador.
Como nunca faltam referências à política, Alckmin comemorou a decisão do PTB em apoiar sua candidatura ao Planalto. Lembrou também que o empresário Flávio Rocha abriu mão de sua candidatura pelo PRB e sinalizou adesão a ele. Defendeu também reforma política com a adoção do sistema do voto distrital. E Meirelles disse que, se eleito, tem certeza de que a Receita Federal fiscalizará suas contas com inteiro rigor.