A manifestação — que previa-se ser grande — dos caminhoneiros programada para essa segunda-feira em Brasília não aconteceu. Para decepção do idealizador do protesto e um dos líderes dos condutores de carretas, Wallace Landim, somente quatro caminhões estavam presentes no Estádio Mané Garrincha, de onde sairiam em comitiva para Esplanada dos Ministérios.
O objetivo do protesto, segundo Wallace Landim, não é propriamente pregar a volta da greve como a que atormentou o País nas duas últimas duas semanas. E sim oferecer à Presidência da República uma nova lista de reivindicações para a categoria dos caminhoneiros. Alega que o governo negociou com sindicatos e não com os motoristas. Wallace não sabe o por quê da falta de adesão ao movimento.
Os caminhoneiros querem, além da já acordada e concedida redução do preço do óleo diesel e da não cobrança dos chamados eixos levantados nos pedágios das rodovias, locais gratuitos nas estradas onde possam estacionar para pernoites e descansos. E também barateamento do valor dos pneus e, ainda, a alteração do limite das infrações de 21 pontos para 42 na carteira de habilitação.
No Palácio do Planalto, o general Sérgio Etchegoyen, Chefe do Gabinete de Segurança e Informação, – uma das autoridades da Presidência da República que tratam da greve dos caminhoneiros – disse que não há mais bloqueios nas estradas e que o abastecimento dos postos de gasolina, gás e etanol já voltou ao normal. Disse ainda que o governo vai colocar todo esforço para garantir que a redução do preço do óleo diesel em 0,46 centavos de real seja observado.