Na delação premiada que fez ao Ministério Público, o empresário Joesley Batista diz que no ano de 2009 o Grupo J&F, de sua propriedade, criou uma conta bancária no Exterior na qual foram depositados recursos superiores a 80 milhões de dólares em nome de Lula e outros 30 para Dilma Rousseff, em 2010.
Por esta razão, a Procuradoria da República do Distrito Federal determinou a instauração de inquérito para investigar os dois ex-presidentes, do Partido dos Trabalhadores. A ação de investigação criminal é de autoria do juiz Ivan Marx e faz parte da Operação Bullish, desmembramento da Java-Jato.
Em Curitiba, o juiz Sérgio Moro ouviu o depoimento de Emílio Odebrecht e do ex-deputado Pedro Corrêa, já condenado na Operação Lava-Jato e que cumpre prisão domiciliar em Recife. Corrêa apresentou fotografias comprovando que tinha reuniões com Lula e alguns de seus ministros no Palácio do Planalto, contestando o que teria afirmado o ex-presidente da República.
Já o empreiteiro Emílio Odebrecht, disse que certa vez informou a Lula sobre o fato pessoas ligadas a seu partido estarem lhe cobrando recursos além dos valores pre-estabelecidos. E que o ex-ministro Antonio Palocci, preso na capital paranaense pela Operação Lava-Jato, era o intermediário dos repasses feitos em nome de Luis Inácio Lula da Silva.
Também em Curitiba, o juiz federal Sérgio Moro ouviu o ex-executivo da Construtora Odebrecht, Alexandrino Alencar. Ele confirma o pagamento de propina ao ex-presidente tendo como motivo a compra de um terreno onde deveria ser construído um edifício que iria sediar o Instituto Lula em São Paulo