No dia 12 de julho, o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva recebeu do juiz federal Sérgio Moro, titular da Operação Lava-Jato, condenação de nove anos e meio. A pena, em primeira instância, decorre do processo no qual é acusado de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, de receber da empreiteira OAS um apartamento triplex numa praia do Guarujá, em São Paulo, como propina por favores à construtora em negócios com a Petrobrás.
Agora, Lula é objeto de nova decisão judicial: o bloqueio de nome milhões de reais, depositados em seu nome em contas de fundos de previdência privada. Sérgio Moro expediu também ofício para que o Banco Central bloqueie R$ 606.727,12 de contas bancárias em nome do ex-presidente. Ficam também bloqueados, até que a Justiça profira sentença definitiva, um terreno em São Bernardo do Campo, três apartamentos e dois automóveis.
Ao ser notificado por um oficial de justiça em sua residência, Lula recebeu a comunicação e, após a assinatura, acrescentou as palavras “Vou contestar”. Seus advogados de defesa dizem que a medida de Sérgio Moro é “ilegal e abusiva” e que a disponibilidade dos bens do ex-presidente, prejudicam a subsistência de sua família e trata-se de mais uma arbitrariedade contra ele.
No dia 13 de agosto, o ex-presidente Lula deverá estar novamente diante do juiz Sérgio Moro, porém, por vídeo conferência, para depor noutro processo. Dessa vez responderá pelas vantagens recebidas da empreiteira Odebrecht na aquisição de um apartamento vizinho do seu, em São Bernardo do Campo, e também pelos 12 milhões de reais para construção da sede do PT em São Paulo.