Porto Alegre continua em clima de tensão em torno do julgamento do recurso do ex-presidente Lula, a ser decidido amanhã pelos juízes do Tribunal Regional Federal da Quarta Região. Os governos estadual e municipal montaram esquema de segurança especial para a ocasião, com reforço de forças federais.
Há expectativas em torno do veredicto dos magistrados. Se se confirma ou não a pena que o juiz Sérgio Moro decidiu aplicar a Lula, de nove anos e seis meses, pela compra irregular do apartamento tríplex, na cidade do Guarujá, e por corrupção. Caso seja mantida a sentença, o ex-presidente poderá ser excluído da corrida para o Palácio do Planalto, embora caibam recursos.
Lula participa hoje à tarde de um grande encontro dos manifestantes que estão na capital gaúcha para apoiá-lo. Ontem, falando para dirigentes das centrais sindicais, em São Paulo, o ex-presidente disse que “está tranquilo, mas magoado” e que prefere ser julgado não por aqueles que o odeiam, mas pelos que gostam dele.
Apesar de Lula ter dito que estaria amanhã em Porto Alegre para acompanhar junto a com a militância o julgamento, a presidente do Partido dos Trabalhadores, senadora Gleisi Hoffmann, não confirma a presença dele.
Hoje, logo depois do meio dia, a ex-presidente Dilma Rousseff falou durante um ato promovido pelas mulheres do PT. Em seu discurso, de cima de um carro de som, defendeu “o direito de Lula ser candidato” e que acredita em sua inocência.