Martine Grael e Kahena Kunze ganharam a medalha ouro na competição da classe 49RX, nos Jogos Olímpicos do Rio. Martine dá sequência ao sucesso do pai campeão, Torben Grael, que agora só participa de competições comerciais, na modalidade oceânica. Ele ostenta títulos invejáveis: o velejador brasileiro com o maior número de medalhas olímpicas e também o iatista que mais subiu ao pódio em toda história dos Jogos. Outro iatista do Brasil campeão da vela, Robert Scheidt, nessa Olimpíada não logrou vitória, mas garante que nas próximas Olimpíadas, no Japão, aumentará a coleção de medalhas do Brasil.
Nascido na praia de São Francisco, em Niterói, Torben começou a disputar campeonatos ao lado do irmão Lars, também campeão. Ganhou ouro duas vezes, em Atenas (2008) e Atlanta (1996). Dois bronzes vieram em Sydney (2000) e Seul (1988). Mas a primeira conquista do capitão Torben foi nas águas do Pacífico, em Los Angeles, nas Olimpíadas de 1984, quando conquistou a medalha de prata da classe Soling, com BL-45, do Team Sausalito, quando dividiu a proa e o timão com os amigos Daniel Adler e Ronaldo Senfft.
Eu cobri os Jogos de Los Angeles e vi de perto a vibração pela conquista de Torben. Martine nem era nascida. Só veio ao mundo em 1991, na mesma Niterói, terra natal de seu pai e seu tio Lars Grael. Kahena também manteve a tradição familiar. Seu pai, Claudio Kunze, também é campeão.