A questão indigena volta a ficar em destaque. O presidente Jair Bolsonaro anunciou que pretende apresentar uma Medida Provisória que permita o desmatamento em até 50% das terras indígenas na Amazônia. E que autorize a exploração de garimpo em áreas ocupadas pelas etnias brasileiras. Nessa terça-feira, seus assessores levaram para duas cerimônias, no Alvorada e no Planalto, alguns índios que apoiam sua iniciativa.
Em contrapartida, no Congresso, houve protesto com lideranças importantes capitaneadas pela Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos dos Povos Indígenas. Estavam lá a depurtada Joênia Wapichana, Sônia Guaja, Ailton Krenak, Kretan Kaingang e o cacique Raoni Metuktire Kayapó. Buscam apoio de senadores e deputados para a rejeição dos projetos.
Bolsonaro já declarou que “cada vez mais os índios se tornam ser humano como nós”. O cacique Raoni diz que ele quer dividir as lideranças indígenas para aprovar seus projetos. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, pondera não ser agora o momento para esse assunto estar em destaque, que precisa de debate mais amplo, ainda que as propostas de Bolsonaro não sejam inconsitucionais.