História, 1970- “Os Deuses e os Mortos”

À esquerda, juntas, Leila e Ana Maria. Sentado, à direita, Ruy Guerra. A linda, à direita, com a perna nas costas de Ruy, é a Ítala Nandi. Não consegui identificar o jovem de óculos. Se você por acaso souber, por favor, diga-nos. Foto Orlando Brito

Em 1970, quatro anos após o golpe militar, o Brasil vivia um dos períodos mais sombrios de sua história. Tempos em que as liberdades democráticas eram extremamente restritas, com tortura a presos políticos nos quartéis e desmedida violação à liberdade de expressão: censura à imprensa e às artes. Proibição de reuniões.

O Festival de Brasília do Cinema Brasileiro era um dos raros espaços para debates e contestação ao regime militar. Naquele ano, as estrelas da festa eram o diretor Ruy Guerra e as atrizes Ana Maria Magalhães e Leila Diniz, que nessa foto aparecem curtindo a piscina do Hotel Nacional. A linda da direita, com o pé nas costas de Ruy, é a bela atriz Ítala Nandi, gaúcha, hoje com 75 anos.

Ana Maria trabalhou em várias novelas e atualmente é diretora de cinema. Ruy ganhou o grande prêmio do festival naquele ano com filme “Os Deuses e os Mortos”. Depois, casou-se com Leila, com quem teve uma filha, Janaina.

Já a bela Leila, uma das mulheres mais importantes para a independência e autonomia das mulheres no Brasil, viria morrer dois anos depois desse momento num desastre com um avião da Japan Airlines, em Nova Déli, na Índia, onde fora receber um prêmio por um de seus filmes.

Leila Diniz era marca da ousadia e da sensualidade e rompeu tradicionais conceitos de comportamento.

Orlando Brito

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