Após 33 anos de fiel filiação ao PSDB, Geraldo Alckmin deu adeus ao partido nessa quarta-feira. Ele sempre se considerou “filho” político de Mário Covas, fundador da legenda juntamente com Franco Montoro, Fernando Henrique Cardoso, José Serra, José Richa e outros tucanos históricos.
O comunicado veio a público em nota que divulgou em seu Twitter, informando que “é tempo de mudança e hora de traçar um novo caminho. O futuro de Geraldo Alckimin, contudo, ainda é incerto, cercado de mistérios e possibilidades. Há muitas conjecturas sobre novos caminhos do médico anestesista que entrou para a política, nascido em Pidamonhagaba.
Como temos visto, Dr. Geraldo tem mantido conversas e encontros com Lula para ser vice na chapa do ex-presidente na corrida para o Planalto em 2022. Para isto, talvez filie-se ao PSB, partido mais ou menos aliado do PT. Se for assim, essa premissa pode estar correta. Mas há quem creia que irá mesmo é para o PSD de Gilberto Kassab para ser novamente candidato ao governo de São Paulo. Há tembém outra suposição: ingressar do Solidariedade, de Paulinho da Força.
Pelo PSDB, Dr. Geraldo Alckmin governou São Paulo quatro vezes. Foi também deputado federal e candidato a presidente outras duas. Concorreu contra Lula, em 2006. Ficou em segundo lugar e Luís Inácio venceu. E em 2018, novamente pretendeu a Presidência na eleição em que Bolsonaro se elegeu.
A crise que culminou com sua saída do PSDB nasceu do seu desejo de concorrer novamente ao Palácio Bandeirantes, hoje ocupado por João Dória, seu principal rival em São Paulo, e que tem outra preferência, seu vice Rodrigo Garcia. Dória desejou a Geraldo Alckmin felicidades em “suas novas trajetórias”.