Jair Bolsonaro viajou nessa sexta-feira para Manaus. Foi receber a Medalha do Mérito Legislativo do Amazonas e, assim, tornar-se Cidadão Amazonense. A condecoração foi entregue ao senhor que preside o país pelo governador Wilson Lima nas comemorações da inauguração do pavilhão de feiras e exposições do Centro de Convenções Vasco Vasques.
Entre os convidados estava o general Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde de Bolsonaro, tempo em que o Amazonas sofreu com o colapso nos hospitais de Manaus em decorrência da falta de oxigênio para socorrer os pacientes infectados pelo Coronavírus. No período de Pazuello no comando da Saúde, o número de mortos pela Covid no Brasil atingiu o número de 270 mil mortos. O general acabou subsituido pelo médico Marcelo Queiroga, quarto titular da pasta desse governo, também presente a evento.
Ao discursar em agradecimento pela homenagem, Jair Bolsonaro fez um elogio: “… conseguimos com a equipe que nós temos em Brasília colaborar e muito para que os danos dessa pandemia fossem diminuídos e em especial pelo ministro da Saúde que tive até há pouco tempo, o senhor Pazuello”.
Tem grande a repercussão a controversa e surpreendente entrevista de Fábio Wajngarten — ex chefe da Secretaria de Comunicação da Presidência da República — à revista Veja. Ele diz que a responsabilidade pela má performance do governo de Jair Bolsonaro na pandemia da Covid deve-se ao despreparo da equipe do Ministério da Saúde no período em que o general Pazuello esteve à frente da pasta.
Eduardo Pazuello foi nomeado, ainda nessa sexta, para um cargo — temporário — na Secretaria-Geral do Exército. O ex-ministro da Saúde é um dos alvos da CPI da Covid do Senado Federal a ser instalada na próxima terça-feira. É certo que, após suas surpreendentes declarações, Fábio Wajngarten também será convocaco para depor perante a Comissão Parlamentar de Inquérito.