A nova pesquisa do DataFolha aponta que Jair Bolsonaro aumentou sua liderança na corrida presidencial, mesmo internado no Hospital Albert Einstein, em São Paulo. O candidato do PSL chega 26 por cento, com Ciro Gomes e Fernando Haddad empatados com 13 pontos, Geraldo Alckmin, com 9 e Marina Silva, 8. Após passar por nova cirurgia na noite de quinta-feira, Bolsonaro continua na UTI, mas segundo boletim médico, está em condição estável de saúde, sem febre e com boa recuperação. Auxiliado por fisioterapeutas, fez caminhada de 90 metros pelo quarto. As visitas agora estão restritas à família.
Em busca de melhorar sua performance junto ao eleitorado, todos os candidatos se movimentam pelo país. Ciro Gomes viajou para a Amazônia. Em Rondônia, fez caminhada com militância do PDT no centro de Porto Velho. Falou do seu plano para criação de uma polícia específica para as fronteiras do Brasil. No Amapá, voltou a falar da recuperação da economia e lembrou sua participação do Plano Real. E em Manaus, mais um ato político, com caminhada acompanhado por eleitores.
Pela manhã, Fernando Haddad caminhou pelas ruelas da Favela da Rocinha. Direcionou o discurso para seu projeto de combate ao crime organizado. À noite foi entrevistado por William Bonner e Renata Vasconcelos no Jornal Nacional, da Tevê Globo. Os jornalistas fizeram várias perguntas e o candidato do PT as respondeu de maneira incompleta. Terminou a entrevista repetindo que o povo é parte da solução e não o problema do Brasil. Terminou a noite, num ato público no centro do Rio de Janeiro.
Geraldo Alckmin foi para o Nordeste. Em Natal, evitou maiores comentários às palavras do general Hamilton Mourão, vice de Jair Bolsonaro, que pretende a realização de uma Constituinte que elaboraria um nova Carta sem a participação de políticos. O candidato do PSDB disse que se trata de ideia inviável. Preferiu falar de seu propósito de criação de empregos e busca de investimentos para o país.
Marina Silva concentrou sua atenção aos eleitores de Brasília nos dois últimos dias. Na quinta-feira participou de passeata na Rodoviária de Brasília, seguida por centenas de populares e acompanhada do seu companheiro de chapa, Eduardo Jorge. Na sexta, foi uma feira da cidade-satélite de Taguatinga. Foi lá que declarou-se frontalmente contrária ao propósito do general Mourão sobre a instalação de uma Constituinte sem parlamentares eleitos: – Isto é uma forma de golpe, disse.
Henrique Meirelles também priorizou Brasília. Cumpriu agenda numa universidade privada e parou para dar entrevista. Disse que, se eleito, manterá a política de cotas para acesso de alunos ao ensino superior.
Álvaro Dias, que segundo o DataFolha tem por cento — tal como Henrique Meirelles e João Amoêdo — foi fazer campanha no Paraná. Em Foz do Iguaçu, deu entrevista na tevê local e disse o mesmo que publicou em seu Twitter: — A Pesquisas que atendem aos interesses do sistema corrupto que afundou o Brasil e agora prega o voto útil contra o Voto Inteligente.
João Amoêdo, do Partido Novo, foi a Santa Catarina. Participou de almoço para arrecadação de fundos para a campanha: — Como eleitor fico muito na dúvida sobre quais seriam as outras alternativas que não sejam a velha política, que estão aí há muito tempo, prometendo várias coisas e não cumprindo. O cenário ainda está muito indefinido e a gente pode crescer bastante.
Os demais candidatos, que completam o time de 13 concorrentes ao Palácio do Planalto tiveram movimentação discreta. Nenhum deles ultrapassa um por cento nas pesquisas. Vera Lúcia foi a Minas Gerais. Jango Goulart Filho atendeu deu entrevista. Guilherme Boulos também. José Maria Eymael não divulgou a agenda. E o Cabo Daciolo, do partido Patriota, continua em retiro espiritual, fazendo jejum e orações.