Há cinco anos, festa para Lula, que voltava ao Planalto como ministro da Casa Civil da então presidente Dilma Roussef.
No dia seguinte, 18 de março, o ministro Gilmar Mendes, do Supremo, supendia a nomeação de Luís Inácio Lula da Silva, atendendo a uma ação impetrada por dois partidos, o PPS e o PSDB.
Pela decisão de Gilmar Mendes, a nomeação era uma tentativa de — ao obter foro privilegiado por assumir cargo de ministro — dificultar investigações contra o ex-presidente da República na Operação Lava-Jato. Determinava também que o processo contra Lula continuaria com o juiz Sérgio Moro.
De lá cá, muita coisa mudou na seara do Poder. Lula teve de deixar o cargo e, depois, foi condenado e preso em Curitiba. Dilma sofreu impeachment. Michel Temer assumiu. Bolsonaro virou presidente e Moro seu ministro da Justiça. Meses após, deixou o governo e, há dias, seus processos contra Lula foram anulados pelo ministro Edson Fachin, do STF.
E, desde o ano passado, a pandemia da Covid atormenta o mundo. No Brasil de Jair Bolsonaro, o número de mortos está prestes a chegar 280 mil.