Dever de casa na rua – Brasília, modelo de arte

Interessante ver a Esplanada dos Ministérios e a Praça dos Três Poderes, palco de constantes manifestações em tempos de crise política, como tema de estudo para estudantes de arte. Foi o que aconteceu nessa semana, quando 50 alunas e alunos do terceiro grau de uma escola de São Paulo viajaram acompanhados por professores para realizar um singular e criativo “dever de casa na rua”.

É só reparar nessas fotos. Sentados no gramado e à sombra das árvores, cada s aluno escolheu o melhor ângulo para reproduzir em várias técnicas de pintura a beleza de vários pontos de Brasília, como a Catedral, o Teatro Nacional, o Palácio do Itamaraty ou Congresso Nacional. Uns preferem, desenhar em gouache ou aquarela. Outros, lápis pastel ou bico de pena.

O professor Mathias Zaeslin, da Escola Rodolfo Steiner, de São Paulo, disse que escolheu Brasília como destino para seus alunos porque o cenário da cidade idealizada por Juscelino Kubitschek reúne o melhor da obra de três brasileiros expoentes mundiais da arquitetura, urbanismo, pintura e paisagismo. Ou seja, Oscar Niemeyer, Lúcio Costa, Athos Bulcão e Roberto Burle Marx.

Mathias e seus colegas educadores são adeptos da metodologia de ensino Waldorf, que associa o aprimoramento artístico ao aprendizado escolar. Encontraram em Brasília o modelo adequado para que seus alunos cumpram a tarefa dada a eles como “dever de casa”: abordar ao mesmo tempo o funcionamento político do país; a importância da arquitetura e do urbanismo, e fator artístico, por meio de gestos e impressões. E completa, lembrando que a arte é instrumento pedagógico tão importante quanto outras matérias escolares, a matemática, os idiomas etc.

Na verdade, hábito idêntico como este na capital do Brasil é comum em inúmeras as cidades do mundo onde a arte, a história e a arquitetura se encontram. É assim, por exemplo, em Roma, Paris, Florença, Praga, Veneza, Moscou e centenas de lugares que são modelo perfeito para milhares de estudantes de vários países.

 

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