Cena da tradicional Festa das Cavalhadas da pequenina e agradável cidade de Pirenópolis, em Goiás, distante de 120 quilômetros de Brasília.
Merecedor de um Prêmio Nobel, Gabriel García Márquez era o Pelé do realismo fantástico na literatura. Em “Isabel Vendo Chover em Macondo” – um de seus formidáveis contos – ele narra a melancolia de uma mulher entristecida com a chuva que caía intermitente sobre, incomodante.
Numa nostálgica terça-feira, a personagem do escritor colombiano põe-se na janela de seu casarão para “observar uma vaca que amanhecera imóvel e rebelde no jardim, tal e qual uma fantasia“. Atormentada com a presença do animal, Isabel diz aos empregados que não se incomodem porque partirá assim como chegou.
Interessante! A ficção do conto, para mim, fez-se realidade nessa cena aí que pude fotografar durante a festa do ano passado em Pirenópolis. A aprazível e bicentenária cidade goiana, nesse caso, relembra a extraordinária Macondo de Gabriel.