16 horas, Rua Itapirú, perto do Sambódromo, no Rio.
Coberto por um lençol, o corpo de um homem morto a tiros às 9 horas da manhã, espera a chegada da perícia criminal.
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Pelo rádio, o taxista perguntou aos seus colegas que tinham os carros na área maiores informações sobre o cadáver de um homem caído no cimento de um posto de gasolina, no bairro do Rio Comprido. Logo começaram a chegar notícias sobre o indivíduo aparentando 40 anos, estatura mediana e que tombou com dois tiros no rosto.
O primeiro taxista: – Tinha acabado de abastecer o automóvel quando três ladrões tomaram seu carro e, por reagir, levou duas balas.
O segundo contou história diferente: – Após sacar seiscentos reais do caixa eletrônico, dois malandros tomaram-lhe o dinheiro, o assassinaram e fugiram em uma moto.
O terceiro: – Comprava créditos para o telefone celular quando um marido traído o confundiu com o amante de sua mulher.
Já o quarto, reportava outra causa da morte: – Deu azar. Estava de passagem na hora do assalto e, por testemunhar o delito, foi executado.
Bem, uma quinta versão chegava pelo rádio quando o táxi que me levava parou na porta do meu hotel. No dia seguinte, procurei nos jornais. Não vi nenhuma referência a mais um crime banal nas ruas do Rio.
Orlando Brito