Um mês depois de seu depoimento aos senadores na CPI da Pandemia, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, retornou ao Senado para atualizar suas declarações. Foi novamente convocado porque alguns parlamentares consideraram que na primeira vez ele foi evasivo, contraditório e impreciso.
Ao responder às perguntas do relator Renan Calheiros, disse que o medicamento hidroxocloroquina não tem comprovada eficácia pelos cientistas. Eduardo Queiroga, o quarto a comandar a pasta da Saúde no governo de Jair Bolsonaro, disse também que o ministério não conta com infectologistas que trabalhem na pandemia da Covid.
Queiroga assumiu que o desconvite à médica Luana Araújo para assumir a secretaria especial para tratar da pandemia partiu de iniciativa dele, por julgar que havia resistências às posições da médica. Eximiu, assim, a interferência de Jair Bolsonaro nessa decisão. E, ainda, conclamou a população a não deixar de tomar a segunda dose de imunização contra o Coronavírus. Sobre a polêmica realização da Copa América no Brasil, o ministro falou que o risco de contrair a Covid acontece havendo ou não jogos de futebol.
Disse desconhecer a existência do gabinete paralelo no Palácio Planalto para tratar da pandemia. Perguntado sobre seu silêncio quanto a Jair Bolsonaro provocar aglomerações sem o uso de máscaras e criticar lockdowns, vacinação e o uso de medicamentos não recomendados, o ministro Marcelo Queiroga respondeu:
— Sou ministro da Saúde, não censor do presidente.