Depois de marchas e contramarchas, Jair Bolsonaro vai mesmo, pelo que tudo indica até agora, filiar-se ao PL de Valdemar Costa Neto. Está programada uma festona, aproveitando que essa terça-feira, data do “casamento”, é também o Dia do Evangélico em Brasília, feriado. Depois que retornou da longa viagem à Europa, Lula tem se reunido com o quartel-general de sua campanha em São Paulo. Avaliam se deve ou não apresentar um nome que discorra sobre os temas da Economia ou se concentra o foco nas falas do próprio Luís Inácio.
Sérgio Moro não para. Na semana passada foi ao Senado falar aos jornalistas em defesa da ajuda governamental para pessoas de baixa renda, tal como Bolsonaro e Lula falam do Auxílio Brasil e Bolsa Família. Depois, reuniu-e com com diretores estaduais do Podemos na filiação do general Santos Cruz. O embarque do ex-ministro de Bolsonaro incentiva novos ingressos, inclusive de integrantes de governos anteriores. Nesta semana, pode acontecer um lance que seus aliados reputam como muito importante: um econtro em São Paulo com o ex-presidente Michel Temer. Mistério total sobre o encontro e o teor da conversa.
A grande novidade mesmo da semana pode ser o lançamento, ou não, da senadora Simone Tebet à corrida ao Planalto em 2022. Se isto acontecer, será a única mulher candidata até agora a concorrer a presidente da República. Ou a vice. Isso mesmo, é considerada nome-chave para garantir possível vitória de uma das chapas concorrentes. A parlamentar e advogada sul-matogrossese de 51 anos é filiada ao MDB de Renan Calheiros, Eduardo Braga, Fernando Bezerra, Romero Jucá, Baleia Rossi. E Michel Temer.
João Dória — agora e enfim escolhido pelos tucanos depois da sequência de panes no aplicativo digital das prévias — no domingo acenou que deseja conversar com Sérgio Moro. Não se sabe exatamente o que prertende dizer. Depois do processo de sua escolha vai se debruçar sobre as fissuras que a disputa interna deixou. Eduardo Leite, seu opositor dentro do PSDB, agradeceu o convite para assumir lugar de destaque no board da campanha de corrida ao Planalto.
Também a tímida campanha de Rodrigo Pacheco deve produizir nessa semana algum movimento que eventualmente gere no eleitor algum interesse e dê a ela tom mais competitivo. Por ser presidente do Senado, o parlamentar de Minas fica de certa forma com atividades limitadas. É possível, todavia, que ao observar a velocidade que os demais concorrentes empreenderão, ele e Gilberto Kassab, patrono de sua candidatura no PDS, também façam o mesmo.
Ciro Gomes fez uma pausa para reculcular a rota de sua campanha. Nesta semana deve reaparecer com nova velocidade, torná-la mais competitiva. O ex-ministro da Saúde de Bolsonaro, Luiz Henrique Mandetta, está ainda em conversas com o União, junção do DEM e PSL, partidos de AMC Neto e Luciano Bivar. O senador Alessandro Vieira, do Cidadania, também planeja os rumos de sua campanha. O Novo já se decidiu por Luiz Felipe D’Ávila. E Cabo Daciolo anunciou que pode voltar à cena para concorrer novamente.