Por 11 votos a 4, o Conselho de Ética do Senado confirmou o arquivamento definitivo do processo de cassação de Aécio Neves pedido pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Edson Fachin, que acusou o parlamentar mineiro de corrupção passiva, com base nas gravações feitas pelo empresário Joesley Batista, presidente do Grupo JBS.
Aécio chegou a ficar a afastado do mandato por 46 dias, mas o ministro Marco Aurélio Mello, encarregado de analisar seu processo no STF, determinou seu retorno às atividades parlamentares, na sexta-feira passada.
O caso foi levado ao Conselho de Ética do Senado e o presidente do órgão interno da Casa, João Alberto, do Maranhão, decidiu pelo arquivamento do processo. Porém, o senador Randolfe Rodrigues, do Amapá, apresentou recurso para a cassação de Aécio Neves.
Hoje, o neto de Tancredo, obteve o voto de 11 colegas que o absolveram. Com o afastamento por enfermidade de João Alberto, a comissão foi presidida pelo vice Pedro Chaves, de Mato Grosso do Sul. Em seu parecer, alega falta de provas suficientes para a condenação de Aécio.
A assessoria de Aécio Neves distribuiu a seguinte nota:
“O senador Aécio Neves considera que a decisão, tomada pela ampla maioria dos senadores de diversos partidos, demonstra a absoluta inexistência de qualquer ato que possa ser interpretado como quebra do decoro parlamentar. A decisão demonstra ainda o caráter estritamente político da iniciativa e impede que o Conselho de Ética do Senado se transforme em cenário de disputas políticas menores”.