Conselho de Ética da Câmara pode decidir nessa quarta-feira destino de Cunha

Deputados Marcos Rogério e José Carlos Araújo, relator do processo contra Eduardo Cunha e presidente do Conselho de Ética da Câmara.

Nessa quarta-feira esses dois parlamentares aí da foto – Marcos Rogério e José Carlos Araújo – estarão sentados lado a lado na sessão da comissão que decidirá se o presidente da Casa, afastado por decisão do Supremo Tribunal Federal, terá seu caso levado ao plenário para votação final.

Há oito meses a questão está em debate no Conselho, até agora sem definição. A deputada baiana Tia Eron tornou-se personagem-chave para o resultado da votação. Caso ela vote pela aceitação do processo, o placar ficaria empatado em 10 a 10. E, assim, o voto minerva caberia ao seu conterrâneo José Carlos Araújo, que já declarou sua opção pela cassação de Cunha. Seus aliados defendem que a punição seja a suspensão do mandato pro três meses, ao invés da perda definitiva do mandato.

Eduardo Cunha é acusado de quebra de decoro parlamentar ao ter mentido aos colegas a quem negou possuir contas bancárias secretas em seu nome no Exterior, nas quais estariam depositados dinheiros advindos de operações ilegais. Ele é denunciado pela Procuradoria-Geral da República em vários processos e, sua mulher, Cláudia Cruz, também responde inquérito perante a Operação Lava Jato, como beneficiária dos negócios do marido.

A Justiça Federal acaba de, aliás, abrir mais uma denúncia contra Cunha. Quer que o deputado devolva aos cofres públicos 55 milhões obtidos ilicitamente e que perca os direitos políticos por dez anos.

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