Como tem acontecido, jornalistas não temos acesso ao local onde acontecem alguns fatos com a presença de Jair Bolsonaro. Nessa terça-feira ele foi a um hotel de Brasília assinar sua filiação ao PL de Valdemar Costa Neto. Nos foi permitido acompanhar a tão importante evento por um telão digital, em outro ambiente.
Pela ante-sala do salão da festa de adesão de Bolsonaro ao Partido Liberal, passaram fãs dele, filiados da legenda e alguns curiosos. Houve discursos com referências elogiosas, exaltando a performance de seu governo, aplausos e, sobretudo, o largo sorriso do conjunto de assessores que o seguem. O general Augusto Heleno não foi.
Na filiação ao seu novo partido, Bolsonaro ouviu a oração de um pastor evangélico e depois discursou. Não garantiu ser candidato a presidente. Criticou seus possíveis adversários e disse que em seu período à frente do Planalto o Brasil reencontrou com o verde e amarelo da bandeira.
Já o senador Flávio Bolsonaro, em sua saudação, dirigiu-se a Lula como ex-presidiário, mas não disse o mesmo de Valdemar Costa Neto, ambos igualmente presos em Curitiba. Falou que fora daquele ambiente havia milhares de seguidores à espera de seu pai para aplaudi-lo. Na impossibilidade de fazer fotos do foco do fato, nos dirigimos para o lado externo da cerimônia que acontecia no sub-solo do hotel.
O que disse o Flávio Bolsonaro, contudo, não encontrou correspondência na realidade. É só ver a foto que todos fizemos: em torno de nada mais de 100 desanimadas pessoas, e não milhares, estavam lá para festejar o novo filiado do PL.