O Congresso volta do recesso parlamentar na próxima terça-feira, 1º de agosto, quando a Câmara fará sessão de reabertura dos trabalhos. No dia seguinte, o presidente Rodrigo Maia colocará na pauta a votação o relatório do deputado Paulo Abi-Ackel, aprovado na Comissão de Constituição e Justiça, que pede o arquivamento do pedido de processo contra o presidente da República, Michel Temer, enviado à Casa pelo Supremo e pela Procuradoria-Geral da República.
Até lá, os aliados do presidente se movimentam para garantir votos que assegurem a queda da denúncia. O deputado Carlos Marun, um dos principais articuladores aliados de Michel Temer na Câmara, participa intensamente de reuniões com o próprio presidente, além de outros parlamentares e ministros. Otimista, prevê resultado positivo. Para Marun, a pesquisa que detectou baixo índice de popularidade de Temer já era esperada “devido à intensa carga negativa da mídia”. Crê que não influirá na votação.
Para que a denúncia do Procurador-Geral, Rodrigo Janot, seja aceita é necessário que pelo menos dois terços do total de 513 deputados votem a seu favor. Ou seja, se 171 se manifestarem favoráveis à não adoção do processo, este será arquivado. Na verdade, a sessão pode ser aberta com o número de 51 deputados presentes no plenário. Porém, para que o tema seja votado é preciso que estejam presentes 342 parlamentares.